Contemplando o significado da inscrição, mais uma vez ele ficou imóvel, enquanto o pedido macabro de desculpas começava a perturbá-lo levemente. Ou a região tinha sido um centro de guerra, tendo anteriormente estabelecido outro clã, ou talvez os habitantes originários da colina compartilharam os mitos e superstições com seus descendentes modernos na aldeia logo abaixo.
No começo, o barulho não tinha sido inteiramente filtrado em sua consciência. Foi só quando repetida em um ritmo irregular que sua mente reconheceu sua natureza. Ainda de frente para a parede e de costas para o salão da igreja, o frio que tinha experimentado na rua voltou a se arrastar por seus braços. Seu corpo tremia por causa da temperatura que estava abaixando em ritmo alarmante, seu hálito podendo ser vistos em pequenas nuvens nervosas à frente de seu rosto. Os pelos de John se arrepiaram com o som próximo de um pé arrastando uma pedra no chão e lentamente seguido por outro. Mas quem estaria em tal lugar além dele? Era óbvio não ser nenhum dos moradores, não com suas superstições, advertências e presságios sobre a encosta.
Os passos pareciam mais perto, e com sua confiança diminuindo, os pensamentos de John estavam focados apenas em fugir. Enquanto o som aumentava, ameaçadoramente próximo, estava claro que teria que enfrentar seja lá quem fosse para chegar até a porta.Não havia mais o que fazer, teve que empurrar para o lado o medo que tomava conta dele. Lentamente, ele se virou para ver quem estava atrás dele Por um momento ele achou que enfrentaria um dos rostos severos que tivera imaginando, mas o salão estava desprovido de vida, vazio, mas o som de passos na pedra fria, como lixa sobre a pele, ainda preenchiam o ar.
John arfou quando viu algo se mexendo no canto de seu olho. Virando-se rapidamente para a porta escurecida que levava até o subsolo, a cabeça de uma figura indecifrável se mexia conforme seu corpo se erguia a cada passo vacilante. O terror correu por suas veias, a ponto que sua racionalidade derreteu de tal forma que só o puro instinto prevalecia. Ao que desatou a correr, pulando da plataforma deixando o altar e a inscrição para trás, ele sentiu um medo profundo romper em suas entranhas. Tropeçando quando aterrissou, o impacto desalojou mais detritos do teto, fazendo com que pedaços grandes de pedra se despedaçassem no chão da igreja, uma não certou a cabeça de John por poucos centímetros.
A saída estava próxima e seus pensamentos fervilhavam enquanto tropeçava por pilhas de escombros e resíduos esquecidos, a pele morta da construção caía sem remorso. Por um momento sentiu-se cercado, pressionado por um homem de batina, pregando sobre o pecado e o mal antigo enquanto a congregação miserável e diminutiva permanecia amontoada, com medo do que estava por perto.
Com os pés se arrastando entre a sujeira e poeira do chão, a claridade mental de John retornava e começou a escalar uma grande pilha de madeira quebrada com pedras - a saída para a segurança do outro lado - a curiosidade acalmou seus nervos por um segundo. O temor que sentia por dentro o dizia para continuar, ir para longe daquele lugar, mas a necessidade de saber era implacável: Ele precisava ver. Respirando fundo, se virou cautelosamente em direção do altar, vagarosamente apontando a luz de seu celular à escada escura. O ar no salão estava ficando mais gelado, o respirar apavorado de John claramente visível sob a luz fraca. A escuridão parecia enevoar sua visão, mesmo assim, o que conseguiu decifrar era inconfundível. Um figura alta estava de pé na frente da portinha, mas uma profunda sensação que toda a humanidade dele tivesse sido pervertida e torturada emanava deste. O homem e a criatura silenciosamente trocaram olhares por um longo tempo. Em seguida uma sequencia rouca de silabas saíram da boca do ser, uma língua a muito tempo esquecida e, enquanto sua definição precisa iludia o entendimento de John, o desdém com que falava não fazia.
A figura na porta se moveu para frente intimidando com seus movimentos sombrios, John gritou em horror, agarrando-se a esmo nos escombros na tentativa de chegar ao topo e, em seguida, fazer seu caminho até a porta. Agora ele não ligava mais em fazer silêncio, seus movimentos desesperados ecoando pelo salão, muitas pedras começavam a cair do teto novamente. Quando chegou no topo do monte, olhou para cima só para ver uma pedra maior que sua própria estatura vindo em sua direção. Pulando por sua vida, ele caiu do outro lado. Enquanto rolou pelo chão, uma dor lancinante fisgou-lhe no lado do corpo. Batendo contra o chão de pedra, o impacto deixou-o atordoado alguns minutos. Cambaleando enquanto se levantava ele olhou para baixo e recolheu-se em horror. Um grande pedaço de madeira tinha entrado vários centímetros na altura de suas costelas. O sangue jorrava da ferida quando quase que instintivamente puxou o pedaço de madeira, ela relando contra suas entranhas antes de finalmente ser removida.
Ele deixou escapar um grito de angustia, e ao mesmo tempo se virou para trás por ter ouvido outro barulho. A dor em seu lado era agonizante, mas a visão que estava tendo era muito pior do que qualquer sensação. A figura na porta se arrastava em sua própria barriga, rastejando-se em uma velocidade impossível sobre os escombros em direção à John. O corpo era enegrecido, o resto coberto por um manto branco, deslizando com facilidade sobre a superfície irregular.
Tropeçando em estado de choque, John estava paralisado de medo. Em seguida, a realidade o tomou; a saída estava perto. Mancando em direção à porta, ele espremeu seu corpo contra a abertura indo em direção à luz. A porta pressionou e cutucou a ferida na costela, fazendo a dor se espalhar por todo seu abdômen. Com um ultimo empurrão ele gritou, a força do momento fazendo-o cair no gramado do lado de fora. Olhando para cima através da abertura olhou a figura sepultada com sua cara sarcástica do lado de dentro, seu braço esticado, cuspindo desprezivelmente e grunhindo ensurdecedoramente para o por do sol.
John não perdeu tempo olhando a criatura; levantou cambaleantemente mais uma vez, sua mão agora estava encharcada de sangue estancando o sangue na ferida enorme nas costelas. Saindo daquele lugar o mais rápido que pode, deixando o terreno da igreja pra trás, ele tinha certeza que podia ouvir vozes vindo de dentro enquanto fugia - os gritos e protestos do clero e da congregação que a muito tempo tinham se ido, zombando, magoados e desprezando-o.
Na pressa, tinha perdido o controle de sua direção, pois não era familiarizado com aquele ambiente. No aperto do pânico, ele mancou o mais rápido que pode, mas a desorientação o levou e, antes de saber como ou porque, viu-se rodeado por um labirinto de lápides quebradas e derrubadas.
Tonto e com falta de ar, ele não ligava mais para aonde estava, contanto que conseguisse deixar a igreja e seu "funcionário" para trás. Depois de recuperar o fôlego, começou a avaliar o velho cemitério; algumas grandes e iminentes lápides enquanto as outras estavam derrubadas e arruinadas. Então, como se sofrendo os efeitos de um veneno desconhecido, o mundo começou a girar ao se redor e tentando respirar, as pedras assumiram formas sinistras e ameaçadoras, elevando-se, bloqueando a luz, olhando com raiva para ele de cima. Agora não era um cemitério onde ele se encontrava e sim um enorme anel de enormes pedras deformadas. Eles tinham enfrentado muitas tempestades - anciões e esquecidos - muito antes do primeiro tijolo fosse colocado naquela igreja adulterada.
Sentindo-se obrigado a, de alguma forma, se aproximar de um deles, estendeu a mão, tocando a superfície coberta de musgo. Flashes de um passado escondido agora invadia sua mente, enquanto sentia-se dominado por uma fraqueza. Sua visão nublou, o mundo girava e uma náusea repentina cobriu seus sentidos, um que era tão forte que o obrigou cair de joelhos, e embora tenha lutado bravamente contra, em segundos ele desmoronou no chão, sua ferida pulsando a cada batida de seu coração. Deitado em suas costas olhando para cima, o céu parecia pulsar e tudo em sua volta parecia destorcido, como se ele estivesse separado do mundo. John perdeu os sentidos.
No começo, o barulho não tinha sido inteiramente filtrado em sua consciência. Foi só quando repetida em um ritmo irregular que sua mente reconheceu sua natureza. Ainda de frente para a parede e de costas para o salão da igreja, o frio que tinha experimentado na rua voltou a se arrastar por seus braços. Seu corpo tremia por causa da temperatura que estava abaixando em ritmo alarmante, seu hálito podendo ser vistos em pequenas nuvens nervosas à frente de seu rosto. Os pelos de John se arrepiaram com o som próximo de um pé arrastando uma pedra no chão e lentamente seguido por outro. Mas quem estaria em tal lugar além dele? Era óbvio não ser nenhum dos moradores, não com suas superstições, advertências e presságios sobre a encosta.
Os passos pareciam mais perto, e com sua confiança diminuindo, os pensamentos de John estavam focados apenas em fugir. Enquanto o som aumentava, ameaçadoramente próximo, estava claro que teria que enfrentar seja lá quem fosse para chegar até a porta.Não havia mais o que fazer, teve que empurrar para o lado o medo que tomava conta dele. Lentamente, ele se virou para ver quem estava atrás dele Por um momento ele achou que enfrentaria um dos rostos severos que tivera imaginando, mas o salão estava desprovido de vida, vazio, mas o som de passos na pedra fria, como lixa sobre a pele, ainda preenchiam o ar.
John arfou quando viu algo se mexendo no canto de seu olho. Virando-se rapidamente para a porta escurecida que levava até o subsolo, a cabeça de uma figura indecifrável se mexia conforme seu corpo se erguia a cada passo vacilante. O terror correu por suas veias, a ponto que sua racionalidade derreteu de tal forma que só o puro instinto prevalecia. Ao que desatou a correr, pulando da plataforma deixando o altar e a inscrição para trás, ele sentiu um medo profundo romper em suas entranhas. Tropeçando quando aterrissou, o impacto desalojou mais detritos do teto, fazendo com que pedaços grandes de pedra se despedaçassem no chão da igreja, uma não certou a cabeça de John por poucos centímetros.
A saída estava próxima e seus pensamentos fervilhavam enquanto tropeçava por pilhas de escombros e resíduos esquecidos, a pele morta da construção caía sem remorso. Por um momento sentiu-se cercado, pressionado por um homem de batina, pregando sobre o pecado e o mal antigo enquanto a congregação miserável e diminutiva permanecia amontoada, com medo do que estava por perto.
Com os pés se arrastando entre a sujeira e poeira do chão, a claridade mental de John retornava e começou a escalar uma grande pilha de madeira quebrada com pedras - a saída para a segurança do outro lado - a curiosidade acalmou seus nervos por um segundo. O temor que sentia por dentro o dizia para continuar, ir para longe daquele lugar, mas a necessidade de saber era implacável: Ele precisava ver. Respirando fundo, se virou cautelosamente em direção do altar, vagarosamente apontando a luz de seu celular à escada escura. O ar no salão estava ficando mais gelado, o respirar apavorado de John claramente visível sob a luz fraca. A escuridão parecia enevoar sua visão, mesmo assim, o que conseguiu decifrar era inconfundível. Um figura alta estava de pé na frente da portinha, mas uma profunda sensação que toda a humanidade dele tivesse sido pervertida e torturada emanava deste. O homem e a criatura silenciosamente trocaram olhares por um longo tempo. Em seguida uma sequencia rouca de silabas saíram da boca do ser, uma língua a muito tempo esquecida e, enquanto sua definição precisa iludia o entendimento de John, o desdém com que falava não fazia.
A figura na porta se moveu para frente intimidando com seus movimentos sombrios, John gritou em horror, agarrando-se a esmo nos escombros na tentativa de chegar ao topo e, em seguida, fazer seu caminho até a porta. Agora ele não ligava mais em fazer silêncio, seus movimentos desesperados ecoando pelo salão, muitas pedras começavam a cair do teto novamente. Quando chegou no topo do monte, olhou para cima só para ver uma pedra maior que sua própria estatura vindo em sua direção. Pulando por sua vida, ele caiu do outro lado. Enquanto rolou pelo chão, uma dor lancinante fisgou-lhe no lado do corpo. Batendo contra o chão de pedra, o impacto deixou-o atordoado alguns minutos. Cambaleando enquanto se levantava ele olhou para baixo e recolheu-se em horror. Um grande pedaço de madeira tinha entrado vários centímetros na altura de suas costelas. O sangue jorrava da ferida quando quase que instintivamente puxou o pedaço de madeira, ela relando contra suas entranhas antes de finalmente ser removida.
Ele deixou escapar um grito de angustia, e ao mesmo tempo se virou para trás por ter ouvido outro barulho. A dor em seu lado era agonizante, mas a visão que estava tendo era muito pior do que qualquer sensação. A figura na porta se arrastava em sua própria barriga, rastejando-se em uma velocidade impossível sobre os escombros em direção à John. O corpo era enegrecido, o resto coberto por um manto branco, deslizando com facilidade sobre a superfície irregular.
Tropeçando em estado de choque, John estava paralisado de medo. Em seguida, a realidade o tomou; a saída estava perto. Mancando em direção à porta, ele espremeu seu corpo contra a abertura indo em direção à luz. A porta pressionou e cutucou a ferida na costela, fazendo a dor se espalhar por todo seu abdômen. Com um ultimo empurrão ele gritou, a força do momento fazendo-o cair no gramado do lado de fora. Olhando para cima através da abertura olhou a figura sepultada com sua cara sarcástica do lado de dentro, seu braço esticado, cuspindo desprezivelmente e grunhindo ensurdecedoramente para o por do sol.
John não perdeu tempo olhando a criatura; levantou cambaleantemente mais uma vez, sua mão agora estava encharcada de sangue estancando o sangue na ferida enorme nas costelas. Saindo daquele lugar o mais rápido que pode, deixando o terreno da igreja pra trás, ele tinha certeza que podia ouvir vozes vindo de dentro enquanto fugia - os gritos e protestos do clero e da congregação que a muito tempo tinham se ido, zombando, magoados e desprezando-o.
Na pressa, tinha perdido o controle de sua direção, pois não era familiarizado com aquele ambiente. No aperto do pânico, ele mancou o mais rápido que pode, mas a desorientação o levou e, antes de saber como ou porque, viu-se rodeado por um labirinto de lápides quebradas e derrubadas.
Tonto e com falta de ar, ele não ligava mais para aonde estava, contanto que conseguisse deixar a igreja e seu "funcionário" para trás. Depois de recuperar o fôlego, começou a avaliar o velho cemitério; algumas grandes e iminentes lápides enquanto as outras estavam derrubadas e arruinadas. Então, como se sofrendo os efeitos de um veneno desconhecido, o mundo começou a girar ao se redor e tentando respirar, as pedras assumiram formas sinistras e ameaçadoras, elevando-se, bloqueando a luz, olhando com raiva para ele de cima. Agora não era um cemitério onde ele se encontrava e sim um enorme anel de enormes pedras deformadas. Eles tinham enfrentado muitas tempestades - anciões e esquecidos - muito antes do primeiro tijolo fosse colocado naquela igreja adulterada.
Sentindo-se obrigado a, de alguma forma, se aproximar de um deles, estendeu a mão, tocando a superfície coberta de musgo. Flashes de um passado escondido agora invadia sua mente, enquanto sentia-se dominado por uma fraqueza. Sua visão nublou, o mundo girava e uma náusea repentina cobriu seus sentidos, um que era tão forte que o obrigou cair de joelhos, e embora tenha lutado bravamente contra, em segundos ele desmoronou no chão, sua ferida pulsando a cada batida de seu coração. Deitado em suas costas olhando para cima, o céu parecia pulsar e tudo em sua volta parecia destorcido, como se ele estivesse separado do mundo. John perdeu os sentidos.
Continua na parte 7...
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