A história que venho contar a vocês ainda assombra minha mente e me faz repassar repetidamente os fatos procurando um sentido, uma resposta, um por quê. Eu não sei se era paranormal ou o que quer que palavras usar para descrever fenômenos sobrenaturais, mas depois que a "coisa" me visitou, eu acredito que ele exista.
Eu tinha acabado de terminar um relacionamento e estava extremamente mal, com tudo isso, acabei perdendo meu emprego e tudo foi ficando cada vez pior. Comecei a beber e muito, estava sempre em bares e quase todas as noites ali estava eu, bebado pelas ruas e acabando por dormir num lugar qualquer.
Diversas vezes fui parar no hospital por excesso de álcool, na minha ficha tinha meu irmão Edwin como contato numa emergência, claro que, depois de isso praticamente virar rotina ele acabou me fazendo ir morar com ele por um tempo até as coisas melhorarem. Eu concordei, sabia que seria bom para mim. Estava tudo indo bem e eu estava otimista com meu futuro, e ter Edwin perto de mim me fazia bem, eu amava ter ele por perto, já que eu já não o via fazia 10 anos.
Diversas vezes fui parar no hospital por excesso de álcool, na minha ficha tinha meu irmão Edwin como contato numa emergência, claro que, depois de isso praticamente virar rotina ele acabou me fazendo ir morar com ele por um tempo até as coisas melhorarem. Eu concordei, sabia que seria bom para mim. Estava tudo indo bem e eu estava otimista com meu futuro, e ter Edwin perto de mim me fazia bem, eu amava ter ele por perto, já que eu já não o via fazia 10 anos.
A partir da segunda semana que eu estava morando com ele, coisas estranhas começaram a acontecer. Constantemente eu era acordado de madrugada por barulhos vindos de fora, a principio acreditava ser apenas um gaxinim ou algo assim, então eu ignorava.
Depois que isso se repetiu por toda aquela semana, decidi falar com Edwin sobre isso, mas estranhamente, segundo ele, não existia guaxinins na região. Eu comecei a estranhar e a ficar com uma certa curiosidade e medo, porém fui para o mais sensato e cheguei a conclusão de que era qualquer outro animal e eu estava apenas exagerando.
Isso continuou por mais alguns dias até que numa noite eu pensei ter ouvido minha janela abrindo e um estrondo, como se alguma coisa tivesse entrado no meu quarto. Levantei correndo e olhei em volta, mas não havia nada.
Na manhã seguinte, Edwin largou a xícara de café quando me viu. Ele ergueu um espelho perto e eu me vi. Eu tinha um corte enorme na minha bochecha esquerda, eu estava tão confuso quanto Edwin, não conseguia chegar a uma conclusão do por quê daquilo.
Acabei sendo levado para o hospital para levar pontos e depois de alguns exames o médico chegou e disse que eu devia ser sonâmbulo, "Claro" pensei, fazia sentido, mas meu momento de alivio durou pouco, pois logo em seguida ele me mostrou algo que fez o meu sangue gelar.
Minha camisa foi levantada e pude ver um corte enorme na região aonde fica os rins. Meus olhos saltaram "Você de alguma forma perdeu seu rim esquerdo na noite passada. Nós não sabemos como... " disse o meu medico.
Eu não conseguia entender, era tudo tão confuso, como, como eu perdi o meu rim? Eu preferi acreditar que era tudo um sonho e que eventualmente isso tudo iria acabar, porém o que estava prestes a acontecer era demais para a minha sanidade.
Eu queria gritar mas não conseguia, meu corpo estava completamente gélido, era tudo muito real para ser um sonho. Eu não sei por que decidi fazer isso mas rapidamente peguei a câmera que estava do lado na minha cabeceira e tirei uma foto, qualquer que seja aquela coisa, se fosse real e eu sobrevivesse iria querer ter alguma prova de que isso realmente aconteceu, e que eu não estava perdendo a cabeça.
Assim que soltou o flash a criatura pulou em mim e pressionou uma de suas mãos na minha cara como se tentasse me afundar, e então ele começou a arranhar meu peito, rasgando minha camiseta e depois minha pele, fazendo de tudo para chegar aos meus pulmões. Neste momento eu percebi, era real, era tudo real e era ele, era ele quem havia pegado meu rim.
A partir daí comecei a lutar pela minha vida, chutei minhas pernas freneticamente até ele perder o controle e cair da cama. Levantei e corri o mais rápido que pude em direção da porta, enquanto pelo canto dos olhos, já no corredor, vi Edwin tentando entender o que estava acontecendo. Como eu queria ter parado e avisado a ele, levado ele comigo, mas eu estava aflito, não consegui pensar, só conseguia correr. Finalmente sai da casa e corri, corri até não poder mais, corri até meus pulmões não aguentarem, corri até minhas pernas começarem a doer, até eu acabar por cair no chão vencido pelo cansaço. Eu não sei o que houve mas acabei desmaiando ali.
Acordei no hospital, e pensei "Graças a deus, foi tudo um sonho, eu estava aqui o tempo todo", como eu queria poder terminar esta história aqui, e tudo ter sido apenas um sonho, e que eu estava apenas internado no hospital, mas infelizmente, essa não é uma dessas histórias.
O médico entrou no quarto. O mesmo que me tratava quando eu chegava bêbado, e o que me tratou quando tive o corte na bochecha
O médico entrou no quarto. O mesmo que me tratava quando eu chegava bêbado, e o que me tratou quando tive o corte na bochecha
"Vejo que você acordou" ele começou. "Bom, você teve ferimentos leves, mas por precaução vamos manter-lo aqui por mais 2 dias, depois seus pais virão buscá-lo."
"Como assim ferimentos leves?" perguntei. Até onde eu sei eu estava ali o tempo inteiro, provavelmente em um coma alcoólico.
"Você não se lembra? você foi encontrado inconsciente no meio da estrada a 5 km de sua casa"
Então era real, era tudo real, meu irmão ele...
"Cadê o meu irmão?" gritei, com meus olhos já se enchendo de lágrimas.
"Ele... Ele morreu Edwin. Quando acharam você, foram para a casa dele para saber o que havia acontecido, e o encontraram caído no corredor, ele foi morto por alguma... coisa, não se sabe ao certo, Mitch eu... eu sinto muito."
Meus pais me levaram de volta para a casa de Edwin para recolher os meus pertences restantes, a casa de Edwin estava cheia de faixas e peritos criminais. Ao entrar no meu quarto, eu estava com medo, mas mantive a calma. Peguei minha câmera e então parei. No corredor que leva para o meu quarto, eu vi o corpo de Edwin e algo pequeno embrulhado em um papel amassado jogado ao lado dele. Eu peguei a coisa pequena e entrei no carro do meu pai, não mencionando o cadáver de Edwin para não entristece-los. Olhei para a coisa que eu havia pego, e resolvi abrir, eu quase vomitei. Eu estava segurando meu rim roubado, meio comido, com alguma substância negra sobre ele.
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Essa é uma das melhores versões de Eyeless Jack que já encontrei.. muito boa mesmo parabens!
ResponderExcluirEu particularmente sou suspeito pra dizer, já que o Eyeless é meu personagem favorito das creepy, mas essa versão teve varios ajustes, e esta muito boa mesmo, muito obrigado de verdadee!!!
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