Era verão. Ana se preparava para dormir. Estava a escovar os dentes em frente ao espelho do seu banheiro. Quando acabou, contemplou o seu cabelo negro e os seus olhos azuis, olhando fixamente para o espelho durante uns segundos. Até que ela teve uma sensação, uma sensação gelada. O seu coração acelerou e ela baixou a cabeça com um suspiro. Ela nunca tinha tido uma sensação daquelas antes, mas levantou a cabeça e foi para a cama evitando pensar muito nisso.
Nesse momento a sua maior preocupação eram as amigas que dentro de três dias iam dormir em sua casa. Ela acordou. Eram 3 da manhã e, como é óbvio, estava tudo escuro. Ela ficou olhando para o teto por uns momentos, e depois se sentou e encostou lentamente.
Tinha a sensação de estar sendo observada.
Mas chegou a conclusão que era apenas uma paranoia e adormeceu. Ana se levantou , tomou o café da manhã e foi para a escola, onde tudo correu normalmente. Chegando a casa, ela encontrou um recado de seus pais que dizia que eles iam passar a noite fora. Depois do jantar, ela foi escovar os dentes. Quando olhou para o espelho, ouviu-se o barulho do interruptor e a luz se desligou. Ela saiu lentamente do banheiro e ao tocar no interruptor a lâmpada explodiu, fazendo com que ela soltasse um grito.
O seu primeiro pensamento foi ligar para os seus pais, mas não era necessário. No dia seguinte eles estariam de volta.
Era agora sexta-feira, Ana estava na aula de história e pediu para ir ao banheiro. Ela entrou em um box e as luzes começaram a falhar e ficou cada vez mais escuro, até não se ver nada. Ela começou a tremer e a gritar "Alguém está aí? Isto não tem graça!". Começou do nada, o som de passos pesados. Ela começou a esfriar, o seu coração acelerava e a cada segundo ela se sentia mais enjoada. Ela saiu do box correndo e ao passar pela porta do banheiro percebeu que tinha se urinado. Mas isso não a parou. Ela entrou na sala e a última coisa que fez foi um pedido de ajuda antes de vomitar no chão e desmaiar.
Era Sábado à noite, as suas amigas deviam estar quase a chegar. Mas nada mais importava. Algo estava acontecendo. Tudo estava a correndo mal. Ela desatou a chorar e se deitou no sofá. Ela ficou lá durante uma hora até a campainha tocar. As suas amigas estavam lá. O resto da noite foi incrível. Ela se esqueceu de seus problemas, estar com as amigas realmente a tinha ajudado. Até que Mary foi ao banheiro. Ouviu-se um grito horrível e todos foram ver. O vidro do espelho estava partido e seus pedaços estavam enfiados nos olhos de Mary, que agora estava cheia de sangue.
As mulheres da casa, incluindo a mãe, que não aguentavam ver aquilo foram para a sala, telefonar para a emergência. De repente ouviram uma pancada e apenas a mãe foi ver do que se tratava enquanto Deb ficava ao telemóvel e Ana chorava. E aí ouviram um monte de gritos e pancadas que fazia parecer que estavam lutando nas escadas. Deb começou também a chorar e Ana tapou a cara com as mãos uns segundos para pensar no que fazer. Quando as tirou viu Deb completamente carbonizada, e ainda implorando ajuda. Ela se levanta aos gritos e se esconde no banheiro. Ela põe as mãos no lavatório com a cabeça baixa e quando a levanta vê uma criatura horrível no espelho.
Tinha uma forma humana, mas não era humano."É a mim que tu queres não é? Então me leva!"
Registos de Ana Dant:
"Após o incidente o corpo de Ana nunca foi encontrado." "Os corpos das vitima tinham o numero 669 gravados em suas testas."
Artigo de jornal "FAMÍLIA BRUTALMENTE ASSASSINADA"
"Uma família foi assassinada exatamente na mesma casa onde houve um outro assassinato há 10 anos atrás. Umas gotas de sangue encontradas não são compatíveis com nenhum dos familiares assassinados, portanto nós as vamos analisar."
"JOVEM PERDIDA PODE ESTAR VIVA"
"O sangue analisado era nada mais, nada menos que o da desaparecida filha dos antigos moradores dessa casa. Poderá ela estar viva? E mais importante. Será ela a assassina que procuramos?"
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